Governo de Serra Talhada vive de carona

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Com a notada incapacidade de fazer o seu papel, de fomentar o desenvolvimento do comércio, tampouco da indústria no município, o governo de Serra Talhada segue com sua maior habilidade: a de pegar carona nos projetos privados, mesmo quando sua contribuição para que estas empresas tenham se instalado sejam ínfimas ou sequer tenham existido. O governo se mostra inábil no tocante a tornar a nossa cidade atrativa.

Entre os alardes feitos pela gestão, está uma fábrica de telhas e tijolos, outra de sapatos, um terceiro de sacolas plásticas. A de sapatos, nunca funciona; a de tijolos, não se sabe se está funcionando, quantos empregos geram; a de sacolas, talvez nem esteja acomodada no tal Condomínio Industrial. A herança da atual gestão está baseada em textos, fotos, vídeos e muito floreio. Efetivamente, quase nada funciona e aquilo que está em funcionamento apresenta muitas avarias.

Restam cerca de dois anos para o término da atual gestão e o que vai ficar é o legado das cooptações, da falta de pagamento a inúmeros fornecedores, da falta de transparência na aplicação do erário. No tempo que resta, é praticamente impossível que a gestão reverta essa imagem que está nítida. Sem ter critérios, a gestão continua cometendo os mesmos pecados do primeiro ano de gestão: contar com os milhões e não saber aplicar os tostões, contar com o ovo na cloaca da galinha, administrar feito repentistas, no absoluto improviso, no enrolation.

A cidade cresce, graças a iniciativa privada, aos empreendedores da cidade de outras regiões do País que enxergam na nossa cidade, potenciais que os governos não conseguem vislumbrar. Somos atrativos graças ao povo e localização geográfica. Se dependêssemos da ação dos governos para que aqui se instalassem grandes empresas, estaríamos certamente em maus lençóis. Os governos são amadores, os gestores só aprenderam a fazer a politicagem, aquela obsoleta e pouco a pouco expurgada pela população brasileira e serra-talhadense.

Por mais que a publicidade oficial tente maquiar, fica impossível esconder as reais habilidades do governo, que são: gastar muito, gastar mal, tratar de projetos político-partidários, de não saber o que fazer com um município tão importante e que demanda um mínimo de competência para fazê-lo andar. Temos um modelo de gestão arcaico. A maioria dos comandantes das principais pastas já mostram cansaço depois de quase uma década e meia a frente dos trabalhos. Há quem, definitivamente, não tenha competência, noutros casos há o desgaste natural da longevidade no posto, unida à ingerência política, pois a analise técnica aponta um caminho, o interesse político-partidário, outro. No meio desse fogo cruzado fica o interesse do cidadão, alheio ao que interessa mesmo a quem está na posse da caneta.

O modelo está defasado e como seus pilares são frágeis, construídos apenas com falas fáceis e vazias, tenderão a ruir com facilidade, tão logo uma gestão criteriosa e responsável a substitua. Em pouco mais de 31 dias, temos assistido esse filme a nível nacional. Não vai demorar a termos uma noção real dos fatos e descobrirmos o verdadeiro tamanho do buraco. Para que isso possa futuramente acontecer, precisamos contar com a população mais instruída e consciente. Precisamos apelar para o censo comum, para o interesse da coletividade.

Precisamos de pessoas com capacidades reconhecidas para tocar de maneira condizente a nossa cidade. A má fé, o amadorismo e as terceiras intenções já nos atrapalharam demais. Poderíamos estar num patamar muito além do que nos encontramos, e repetimos, só não estamos piores graças ao empenho do setor privado e a graça de estarmos fincados exatamente onde estamos, no coração do estado pernambucano.


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