Tucanada não debanda

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Com quatro ministérios no Governo, prestigiado e com a sinalização de que poderá ter o apoio do PMDB para a sucessão presidencial de 2018, o PSDB não vai cair fora do Governo nem agora nem mais na frente nem jamais. Também não haverá debandada nem qualquer rebeldia maior que posso contrariar a cúpula tucana, que tomou decisão de permanecer fiel e na base em reunião realizada na noite da última segunda-feira, em Brasília.
Logo após o encontro, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), reiterou que não acredita numa debandada de integrantes do partido por conta da decisão tomada pela cúpula tucana de permanecer na base do governo Michel Temer. Desde que vieram a público as delações da JBS, com denúncias envolvendo o nome de Temer, integrantes do PSDB passaram a questionar a permanência do partido no governo.

Após a reunião, em que saiu vencedora a posição de caciques da sigla, como o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Dória, o jurista Miguel Reale Jr., um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, anunciou desligamento do PSDB. Jereissati foi questionado por jornalistas se isso poderia disparar um movimento de saída dos insatisfeitos, em especial entre deputados tucanos, que têm demonstrado maior desejo de deixar a base.
Reale Júnior afirmou que o movimento faz parte de um interesse momentâneo, já que, em troca, o PMDB não vai tomar posição contra o senador afastado Aécio Neves num processo na Comissão de Ética do Senado. “Não é um apoio ao governo. É um interesse momentâneo de apoiar o presidente para que o PMDB não tome posição contra Aécio Neves, que vai ser objeto de um processo na Comissão de Ética do Senado", alegou o jurista.
Um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, Reale disse ainda que a decisão vai afetar o PSDB, principalmente com a perda de confiabilidade: "O partido perde essa credibilidade. Perde a capacidade de ser crível. As pessoas não depositam mais confiança. E isso é muito grave. O partido perde muito", assinalou.
Ouvido, Tasso minimizou as declarações do jurista: "Eu não acredito em debandada. A decisão foi ponderada. Nenhum deputado falou em sair do partido, pelo contrário. Houve o compromisso de todos em permanecer no partido", disse. Ele afirmou ainda que o PSDB vai ficar em "monitoramento diário dos acontecimentos" para tomar as decisões que sejam o "melhor para o País".

NA PERDIÇÃO – Do deputado Daniel Coelho sobre a decisão do PSDB, o seu partido, de permanecer na base de Temer: “Lamento a decisão que não foi tomada e terminou sendo tomada. Digo que não foi tomada porque a Executiva não deliberou, não foi permitido que fossem colhidos os votos dos integrantes da Executiva, dos deputados, dos senadores. 
Foi muito mais uma decisão de cúpula do que qualquer outra coisa. A vontade da bancada continua muito forte em sair do governo, inclusive o líder da bancada dos deputados na Câmara, (Ricardo) Trípoli (PSDB-SP), disse que encaminhará voto para a abertura de investigação contra Temer. 

Então o partido está mais do que rachado e dividido neste momento. E acho que ficar neste governo podre, da maneira como ele está é o caminho da perdição completa”.

FONTE: BLOG DO MAGNO MARTINS

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